domingo, 17 de janeiro de 2010

LIMITES E INDISCIPLINA NA ESCOLA

Reflexão acerca da relação entre limites e indisciplina na escola, a partir das contribuições da psicanálise. Situar o lugar do professor e do aluno na questão. (ver textos disponíveis online + textos na copiadora do DA Ed Fìsica - textos 15, 16 e 17 + vídeo exibido em sala + discussões em aula


Vemos freqüentemente queixa de alunos e professores sempre um colocando a culpa no outro, o que tem levado alunos e professores terem a escola como um ambiente intolerável onde estão ali por não terem outra opção. O que tem desencadeado problemas psíquicos em alunos e professores, as síndromes com os profissionais de educação têm mais evidencia, o seminário apresentado em sala sobre a Síndrome de Burnout trabalhou muito bem esta questão, e os fatores que tem contribuído para os profissionais chegarem ao limite.
Professores e pais de alunos um passa a responsabilidade pro outro, onde os pais deixam toda a responsabilidade de seus filhos nas mãos dos professores, enquanto esses se sobrecarregam com sua vida pessoal e os problemas de seus alunos, que na maioria das vezes eles vêm seus professores como rivais, e isso tem gerado sérios problemas no campo da educação. O professor por sua vez acha que seu papel não é de psicólogo mais de educador, cabendo apenas o ensinamento pedagógico não acabe a ele interagir com aluno e conhecer os seus problemas.
A distância que os pais mantêm com seus filhos tem desencadeado problemas psíquicos na formação da criança, elas por sua vez se tornam agressivas, tristes, e se isolam das outras, apresentam uma baixa auto-estima e isso repercute na escola, as queixas que os professores fazem na direção e com os pais acaba criando uma barreira entre eles isso o distancia cada vez, na realidade essas crianças são carentes de atenção de carinho, uma vez que não são cercados de atenção e carinho pelos pais. Quando os professores se tornam amigos deles, eles se sentem acolhidos e acabam formando laços de amizade, eles vem naquele docente alguém em que pode confiar e abrem seu coração contando fatos situações que estão vivendo que deveriam compartilhar com seus pais, mais não confiam e não se sentem a vontade para contar seus sonhos, fantasias e situações que estão vivendo uma vez que não vive uma relação amistosa e afetiva.
O psicanalista Joel Birman, afirma que a saída da mulher da governabilidade familiar para a esfera publica alterou significativamente a economia afetiva das famílias uma vez que não houve um deslocamento do papel masculino, os homens continuaram sua participação na vida publica e não houve um aumento de participação na vida privada os adolescentes ficam entregues aos jogos eletrônicos, a internet e a televisão aos avôs e outros cuidadores, mais isso não substituem satisfatoriamente as figuras maternas e paternas no que se refere ao investimento afetivo. Jovens e adolescentes levam consigo carência afetiva e de solidão presentes em seus registros emocionais nas escolas onde alguns professores favorecem o estabelecimento de diálogos informais, os alunos buscam no docente uma figura amistosa que auxiliem a preencher o vazio deixado pelos pais.

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